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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

1981 Um certo Galileu 2

Tiragens em LP, Cassete e CD































Edição digital




Um Certo Galileu 2 é um álbum do Padre José Fernandes de Oliveira, SCJ, o Padre Zezinho. Lançado em 1981, completa a série iniciada em 1975 com o volume 1.
Neste disco, o destaque maior é a temática com os temas sociais.

Lado A
1 - "Ieshuá
" - Trata da missão de Jesus a exemplo de "Um Certo Galileu", desde o começo de seu ministério até sua morte.
2 - "Aconhchego" - Trata do problema ds famílias que não podem conviver com todos os integrantes sob o mesmo teto.
3 - "Manifesto" - Declara que a causa de o mundo estar doente é que os interesses só defendem o dinheiro e o poder.
4 - "Ponderações" - Discute a dúvida da vida humana sobre as milhões de perguntas sobre Deus e Jesus.
5 - "Maria da Paz Inquieta" - Faz uma analogia a história de Maria entrelaçando sua paz e sua personalidade.

Lado B
1 - "O Pregador" - Trata o chamado que Jesus faz a Pedro e a André quando estes estão pescando e os convida a seguí-lo.
2 - "Tu Que Foste Criança" - Faz uma oração pelos sem-teto que vagueiam pelo mundo, para que o menino Jesus os possa dar algum conforto.
3 - "Cantiga por José"- Faz uma analogia ao noivado de José, o carpinteiro que viria a ser chamado o "Pai Terreno de Jesus".
4 - "E Te Chamavas Maria" - Faz uma analogia à vida de Maria em toda a sua extensão até conhecer José e se tornar sua noiva.
5 - "O Pacifista" - Trata de um personagem que só por ver que não consegue resolver os problemas do mundo sozinho, adquire rancor e se torna uma pessoa solitária, mas um dia ao pensar em Jesus, descobre que a humanidade está doente porque há mais quem ensine a matar do que a viver.
Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

LP (1981)
Produção e Direção Geral: Equipe Edições Paulinas Discos
Letra e Música: Pe. Zezinho, scj
Interpretação: Pe. Zezinho, scj / Regina Carvalho / Astúlio Nunes
Arranjos: Wilson Mauro
Técnico de Gravação e Mixagem: J. Martins
Arte: Henrique S. Martin
Gravado nos Estúdios: Edições Paulinas Discos

CD (2001)
Produção Fonográfica: Paulinas-COMEP
Coordenação de Produção: M. T. Konzen
Produção Executiva: Irmã Elza Berta, fsp
Direção Artística: Pe. Zezinho, scj
Arranjos: Wilson Mauro
Interpretação: Pe. Zezinho, scj
Participação Especial: Regina Carvalho / Astúlio Nunes
Gravação e Mizagem: J. Martins
Capa: Enrique S. Martín
Masteriação: Ednilson Orsi
Gravado e Masterizado nos: Estúdios Paulinas-COMEP

Curiosidades
Astúlio Nunes participa como intérprete das canções "E te chamavas Maria" e "Cantiga por José"

Lista de Faixas
LP e Fita Cassete
Todas as canções compostas por Padre Zezinho, SCJ.
#             Título    Duração
Lado A
1.            "Ieschuá (Ieshuah)"       4:04
2.            "Aconchego"     5:05
3.            "Manifesto"      3:31
4.            "Ponderações"                2:20
5.            "Maria da Paz Inquieta"               5:19
Lado B
1.            "O Pregador"    5:00
2.            "Tu que Foste Criança"                 2:49
3.            "Cantiga por José"          3:19
4.            "E te Chamavas Maria"                 2:41
5.          "O Pacifista"      5:35
Duração total: 38:23

Lista de Faixas
Todas as canções escritas e compostas por Padre Zezinho, SCJ.
CD /Formato digital
1.            "Ieschuá (Ieshuah)"       4:04
2.            "Aconchego"     5:05
3.            "Manifesto"      3:31
4.            "Ponderações"                2:20
5.            "Maria da Paz Inquieta"               5:19
6.            "O Pregador"    5:00
7.            "Tu que Foste Criança"                 2:49
8.            "Cantiga por José"          3:19
9.            "E te Chamavas Maria"                 2:41
10.          "O Pacifista"      5:35
Duração total: 38:23

LP: EPD 550
K7: EPD 551
CD: 11729-3


Crítica: Um dos discos mais fortes do Padre Zezinho dentro da temática da Justiça Social e bem diferente de Um certo Galileu 1, voltado à Juventude. O álbum está dentro do turbilhão da década de 1980 onde a crítica social estaria no centro das atenções da Igreja na América Latina a partir da Teologia da Libertação e após a Conferência dos Bispos da América Latina em Puebla, onde a “opção preferencial pelos pobres” tomaria força. Fora isso, o Brasil também vivia o turbilhão da abertura lenta e gradual da Ditadura Militar que cerceava a liberdade de expressão.
A foto de capa é a mesma de Um certo Galileu 1, mas com a posição invertida.

Padre Zezinho SCJ-Um certo Galileu 2

Ieshuá
Pe. Zezinho, scj

Ieshuá Ieshuá
Catalogaram Jesus, catalogaram Jesus
Por não andar na direita na esquerda
Ou no centro ou na situação
Por não falar como essênios
Zelota ou governo nem oposição
E por não ser fariseu
E por não ser saduceu
Classificaram Jesus
Como herege blasfemo
Inimigo e perigo mortal pra nação

Desafiaram Jesus, desafiaram Jesus
Porque fazia milagres em dias errados
E sem permissão
Por aliar-se aos pequenos
Sem ser alinhado e nem ter posição
E por não ser um doutor
Por falar tanto de amor
Classificaram Jesus como um alienado
Impostor renegado sem classe ou padrão

E condenaram Jesus, e condenaram Jesus
Porque falava de um reino
De fraternidade igualdade união
Porque trazia consigo
Perigo de um golpe ou da insurreição
E por dizer que chegou
Porque foi Deus quem mandou
Assassinaram Jesus numa cruz
Entre preces e salmos e cantos
De libertação

Acompanharam Jesus
Acompanharam Jesus
Pobres e cegos e surdos e coxos e mudos
E até oficiais
Gente sofrida e oprimida
Por gente que tinha ou mandava demais
E por ser filho de Deus
E pelo reino dos céus
Testemunharam Jesus
E com ele enfrentaram
As dores da cruz mas acharam a paz

Ieshuá Ieshuá
Ieshuá Ieshuá


Aconchego
Pe. Zezinho, scj

Minha casa é uma casa pequenina
Cabem cinco mas abriga muito mais
Nas janelas tem um jogo de cortinas
Que tremulam qual bandeira pela paz

Duas mesas um sofá quatro cadeiras
Quase tudo a gente tem que repartir
As cadeiras o sofá o pão e o vinho
As lembranças as tristezas e o sorrir

Minha casa tem calor, tem harmonia
Cabem cinco mas abriga muito mais
Nas paredes tem Jesus e tem Maria
Que nos lembram
Que é melhor viver em paz

Quando, às vezes
Vai nascendo uma barreira
E um de nós esquece a hora do perdão
Um sorriso e uma inocente brincadeira
Faz a gente remoçar o coração

Minha casa fica perto de outras casas
E na rua brincam trinta ou cem crianças
Na varanda, meus compadres e comadres
Tiram prosa repartindo as esperanças

Duas mesas um sofá quatro cadeiras
Quem tem tanto, quase sempre tem demais
Um empresta, o outro aluga a vida inteira
E assim a gente vai vivendo em paz

Meu Senhor do céu
Que às aves deste um ninho
Onde sempre elas abrigam seis ou mais
Eu sou pobre
Mas sou como os passarinhos
Tenho casa onde a gente vive em paz

Mas conheço quem também não tendo nada
Não consegue já nem sabe mais lutar
Passa a vida sob as pontes e calçadas
Ou nem come só pra ter onde morar



Manifesto
Pe. Zezinho, scj

Declaro com muita dor e tristeza
Depois de correr o mundo e voltar
Que está cada vez menor a certeza
Que eu tinha de ver o mundo mudar
Não é que eu deixei de ser otimista
Que ainda não me cansei de lutar
Mas volto um bocado mais realista por ver
Que o drama da humanidade
É o medo que a gente tem da verdade

Declaro com muita dor e tristeza
Que a paz hoje vale menos que a guerra
Que a fome, a escravidão e a pobresa
Imperam por todo canto da terra
Não é que eu deixei de ser pacifista
Que ainda não me cansei de esperar
Mas volto um bocado mais realista por ver
Que os grandes e os pequenos
Se agridem por ter demais ou de menos

Declaro com muita dor e tristeza
Que o mundo foi leiloado e vendido
Que há terras aonde manda a riqueza
E a outras aonde manda o partido
Há terras aonde há um só caminho
Quem nele não caminhar é suspeito
Quem ousa sonhar acaba sozinho
Porque o drama da humanidade
É o medo que os grandes tem da verdade

Declaro com muita dor e tristeza
Que os ricos cada vez mais enrriquecem
Que almenta de quem é pobre a pobreza
E aqueles que estão acima não descem
Aqueles que estão por baixo não sobem
Os pobres apenas mudam de dono
E em nome da liberdade se mata
Porque os grandes e os pequenos
Se odeiam por demais ou de menos

Declaro com muita dor e tristeza
Que a leste fizeram cercas e muros
Que a sul já não há mais pão sobre a mesa
Que a norte já nem se crê no futuro
O mapa da liberdade se estreita
À esquerda, à direita, a centro e a sul
Por isso que eu resouvi protestar
Pra dizer
Que o drama da humanidade
É o medo que todos têm da verdade


Ponderações
Pe. Zezinho, scj

Numa tarde cansada de outono
Quando o sol se escondeu no horizonte
Ao ruído infantil de uma fonte
Eu me pus a pensar em você
Em você que se sente perdido
Quando põe seu olhar nas estrelas
E de tanto conta-las e vê-las
Já não sabe se crê ou não crê
Eu conheço as milhões de perguntas
Que você falou que não crê
E que diz que só crê no que vê
Todo o dia pergunta pra Deus
Eu conheço as milhões de respostas
Que ninguém tem coragem de dar
Quando a vida nos vem questionar
Como vê somos todos ateus

Numa tarde tristonha de inverno
Retornei ao murmúrio da fonte
Não havia mais sol no horizonte
E eu me pus a pensar nos cristãos
Nos cristãos que se sentem tranqüilos
Quando põe seu olhar nas estrelas
De tanto conta-las e vê-las
Nunca mais põe os olhos no chão
Eu conheço as milhões de respostas
Que esta gente que fala que crê
Mas não ouve, não pensa e não lê
Não responde por medo de Deus
Eu conheço as milhões de perguntas
Que os cristãos nunca ousam fazer
Pois terão de se comprometer
Como vê somos todos ateus


Maria da paz inquieta
Pe. Zezinho, scj

Aquele que tu trouxeste
Chamou de mulher feliz
Pelo que foste e tiveste
Pois fizeste o que o céu sempre quis
E pelo amor que fizeste
Pois amor mais fiel não havia
Não só porque no-lo deste
Mas por seres Maria que ouvia
Não só porque no-lo deste
Mas por seres Maria que ouvia

Maria que conservavas
Inquieto teu coração
Maria que meditavas
Nas palavras de Simeão
Maria que tantas vezes
Não chegavas a compreender
Maria que perguntavas
E meditavas querendo entender
Maria que perguntavas
E meditavas querendo entender

Amou-te o que fez o mundo
De ti fez a mais singela
Não pelos teus olhos fundos
Nem por seres do reino a mais bela
Na mesma aldeia ou por perto
Outras lindas donzelas havia
O que não houve por certo
Foram outras Marias que ouviam
O que não houve por certo
Foram outras Marias que ouviam

Poetas profetizaram
A graça que Deus te deu
Profetas profetizaram
Tudo aquilo que te aconteceu
E no decurso dos tempos
Tanto e tanto de ti se dizia
Que foi ficando esquecido
Que tu foste a Maria que ouvia
Que foi ficando esquecido
Que tu foste a Maria que ouvia
Eu hoje te fiz um canto
Chamando de mãe da igreja
Pela mulher que tu foste
Pois tu foste o que Cristo deseja
Nem me pertubas que acaso
Tu não foste a mais bela judia
Que o importante é quem foste
A mais doce Maria que ouvia
Que o importante é quem foste
A mais doce Maria que ouvia.


O pregador
Pe. Zezinho,scj

Vinhas andando na praia
Curtindo esta sede de nos libertar
Viste que alguns pescadores
Lançavam as redes pra dentro do mar
Tinhas um jeito tranqüilo de quem
Tem certeza daquilo que quer
E convidaste a André Pedro e
João e Tiago a mudar de mister
E convidaste a André Pedro e João e
Tiago a mudar de mister

Hoje eu percebo que passas
Nas ruas e praças de um mundo
Sem graça de paz tão mendigo
Ouço Tua voz que convida
Que eu mude de vida e por fim
Me decida e caminhe contigo
Ouço tua voz que convida
Que eu mude de vida e por fim
Me decida e caminhe contigo

Vinhas andando na rua
Curtindo este amor que te fez nosso irmão
Viste na banca um Senhor
Profissão coletor e dinheiro na mão
Tinhas um jeito tranqüilo
De quem tem certeza daquilo que diz
E convidas-te a Levi que partisse
Dali pra poder ser feliz
E convidas-te a Levi que partisse
Dali pra poder ser feliz

Vinhas andando na estrada
Propondo o começo do reino dos céus
Viste no moço que vinha a figura
Indecisa de Natanael
Tinhas um jeito tranqüilo de quem
Tem certeza que vai convencer
E conquistaste um amigo que
Antes dissera pagar para ver
E conquistaste um amigo que
Antes dissera pagar para ver

Hoje quem vai pela rua
sou eu que nem sempre consigo aceitar
essa injustiça tão crua essa falta de amor
esta dor secular
e do meu jeito tranqüilo de quem
tem certeza que vinhas de Deus
eu proponho que faças que eu
seja fermento do reino dos céus
eu proponho que faças que eu
seja fermento do reino dos céus
Tu que foste criança
Pe. Zezinho, scj

Tu que foste criança Jesus
E sofreste a pobreza também
Que ao nascer numa noite de luz
De ternura inundaste Belém
Tu que sabes o frio que faz
Quando falta um lugar pra morar
A todas as crianças do mundo
Concede a graça de um lar
A todas as crianças do mundo
Concede a graça de um lar

Tu que foste esperança de paz
Mas tiveste também que fugir
Do poder que seria capaz
De matar para não repartir
Tu que sabes o quanto doeu
O exílio tão longe do lar
A todos os migrantes do mundo
Concede a paz de um lugar
A todos os migrantes do mundo
Concede a paz de um lugar

Tu que foste criança feliz
E tiveste a ternura de um lar
Tem piedade do nosso país
Que nem sempre consegue amparar
As crianças sem pai nem ninguém
Que nas ruas eu vejo a vagar
Ensina os que mandam no mundo
Por onde recomeçar
Ensina os que mandam no mundo
Por onde recomeçar


Cantiga por José
Pe. Zezinho, scj

Que foi que te encantou nesta donzela
Que foi que te encantou
Que foi que te levou à casa dela
Que foi que te levou

Andavas procurando a namorada ideal
Pedias ao Senhor
Que te ajudasse a encontrá-la
E de repente, um dia
Alguém te apresentou Maria
E de repente um dia
Alguém te apresentou Maria

Que foi que viste tu nos olhos dela
Que foi meu São José
Que foi que até te fez sonhar com ela
No céu de Nazaré

Agora desposaste a tua eleita
Na paz do teu Senhor
A vida se tornou bem mais perfeita
Com ela tem mais cor 

E te chamavas Maria
Pe. Zezinho, scj

Tinhas um grande amor
Vivias a tua fé
Sonhavas igual as meninas de todos os tempos
Costumam sonhar
Amavas o teu Senhor
Amavas o teu José
Amavas igual as meninas de todos os tempos
Costumam amar

E te chamavas Maria. Maria de Nazaré
E te chamavam Maria. Maria do bom José

Fico a imaginar
Teu jeito de ser mulher
Sorrias, falavas, brincavas, cantavas
Dançavas pensando em José
Posso te vislumbrar
Quase consigo ver
Sonhavas, oravas, cantavas
E os dias passavas imersa em tua fé

Com as vizinhas e amigas
Cantavas cantigas dos tempos de então
E se uma delas falava
Do amor que morava no teu coração
Tenho certeza, Maria, que não escondias
Os teus sentimentos
Pr aquela carpintaria
Depressa corriam os teus pensamentos


O pacifista
Pe. Zezinho, scj

Os grandes problemas do mundo
Eu sonhava poder resolver
Surgisse um mistério profundo
Eu tentava o mistério entender
Não havia proposta ou resposta
Que eu não tivesse na palma da mão
Se corresse do jeito perfeito
Que eu imaginava
Este mundo eu mudava

Os grandes conflitos da terra
Eu pensava em poder contornar
A fome a injustiça e a guerra
Do meu mapa eu jurava riscar
Não havia nem experiência
Nem fé nem ciência
A que eu desse valor
Se corresse do jeito perfeito
Que eu imaginava
Este mundo eu mudava

E assim foi que ano após ano
Nada fiz muito além de sonhar
Problemas do cotidiano
Não tardou se fizeram chegar
E eu que tinha proposta e resposta
Pra cada problema na palma da mão
Descobri que o tal jeito perfeito
Que eu arquitetara
De nada adiantara

Foi então que eu me vi de repente
Revoltado e querendo matar
Este mundo era um pobre demente
Não valia por ele sonhar
E eu que tive milhões de respostas
Um mar de propostas na palma da mão
Descobri que o sistema perfeito
Que em sonho eu criara
Se desmoronara

E na tarde tranquila e silente
Eu me pus a pensar em Jesus
Que acabou condenado inocente
A morrer torturado na cruz
Ele tinha milhões de respostas
E algumas propostas de renovação
Se corresse do jeito perfeito
Que ele imaginava
Este mundo mudava

Sou daqueles que ainda sustentam
Que Jesus era o filho de Deus
Que uma doce esperança acalentam
De encontar o seu reino do céus
E vislumbram Jesus com seu brilho
De Deus sendo filho e querendo mudar
Esse instinto de ódio e de guerra
Que mancha de sangue
De horror essa terra

Ao passado eu retorno e recordo
Que eu queria este mundo mudar
Vejo as coisas com que não concordo
Mas não penso em ferir ou matar
Já não tenho milhões de respostas
Nem fórmulas mágicas nem solução
Quando eu vejo que eu fui imperfeito
Não culpo ninguém
Eu procuro outro jeito

Quem quiser me chamar de covarde
Pense antes mil vezes ou mais
Pela guerra quem faz mais alarde
É o que tem maior medo da paz
Quem não sabe lutar sem rancores
Pra ver seus valores um dia vencer
Tem o medo estampado na cara
E por causa do joio
Destrói a seara






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