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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

1979 Cantigas de Pão e Vinho



































Edição digital





Cantigas de Pão e Vinho é um álbum de estúdio do Padre José Fernandes de Oliveira, SCJ, o Padre Zezinho.
A faixa-título, a sexta, a sétima, a oitava e a nona faixas, mostram como deve ser uma eucaristia de verdade sem aquelas regalias de receber o corpo de Cristo e ficar por isso mesmo.
O álbum também enfoca outras partes da celebração como a entrada ("Convite" (segunda faixa)) e uma como deve ser destinada uma ceia partilhada "A Festa" e "O Milagre".
Também estão no álbum: Pai nosso, versão em português da primeira canção de Padre Zezinho, composta originalmente em inglês em 1964; uma regravação de Prece Universal; Tão Sublime Sacramento, baseada no tradicional hino eucarístico de São Tomás de Aquino.
As faixas "Convite" e "História de Trigo e Uva" foram regravadas para o álbum "Fortes na Fé"
A versão em cd recebeu uma capa diferente, colorida, e mais bonita, diferente da edição em lp (que tem foto em preto e branco), mas que segue a mesma proposta de dar destaque ao pão e ao vinho.

LP (1979)
Produção e Direção Geral: Equipe EPD
Coordenação de Produção: Elsa Berta, fsp
Arranjos: Wilson Mauro (Lado A) / Eduardo Assad (Lado B)
Coordenação Técnica e Artística: J. Martins
Capa: M. Paula Facchin
Estúdio: Edições Paulinas Discos

CD (2003)
Produção Fonográfica: Paulinas Comep
Coordenação de Produção: M. T. Konzen
Direção Artística: Pe. Zezinho SCJ
Arranjos: Wilson Mauro (Faixas de 1 a 6) / Eduardo Assad (Faixas de 7 a 12)
Gravação e Mixagem: J. Martins (1979)
Produção e Direção Geral: Equipe EPD
Assistente de Gravação: C. Pergorer
Masterização: Ednilson Orsi
Produção de Arte: Mariza de Souza Porto
Gravado (1979) e Remasterizado (2003) nos Estúdios: Paulinas Comep

LP, Cassete e CD 
Interpretação: Pe. Zezinho SCJ / Astúlio Nunes* / Ambos**
Todas as canções compostas por Padre Zezinho, SCJ.
Lado A
#             Título    Duração
1.            "História de Trigo e Uva"             2'39
2.            "Convite**"      5'21
3.            "Cantigas de Pão e Vinho*"       3'11
4.            "Dá-me um Pouco Deste Pão**"            2'54
5.            "Pai Nosso"        1'42
6.            "Prece Universal*"         2'33
Duração total: 17'
Lado B
#             Título    Duração
1.            "A Festa*"          3'49
2.            "Esperar Contra Toda Esperança"            2'46
3.            "Tão Sublime Sacramento"         1'36
4.            "O Milagre*"     2'33
5.            "Partilha*"         3'27
6.            "Preciso Compreender*"            4'36
Duração total: 17'27
Tempo Total: 34’27

CD e Formato Digital
Interpretação: Pe. Zezinho SCJ / Astúlio Nunes* / Ambos**
Todas as canções escritas e compostas por Padre Zezinho, SCJ.

#             Título    Duração
1.            "História de Trigo e Uva"             2'39
2.            "Convite**"      5'21
3.            "Cantigas de Pão e Vinho*"       3'11
4.            "Dá-me um Pouco Deste Pão**"            2'54
5.            "Pai Nosso"        1'42
6.            "Prece Universal*"         2'33
1.            "A Festa*"          3'49
2.            "Esperar Contra Toda Esperança"            2'46
3.            "Tão Sublime Sacramento"         1'36
4.            "O Milagre*"     2'33
5.            "Partilha*"         3'27
6.            "Preciso Compreender*"            4'36
Tempo Total: 34’27

Códigos de lançamento:
LP EPD 511
K7 EPD 512
CD 11765-0


Crítica: Álbum excelente, de temática eucarística. É um dos melhores da ampla discografia de Padre Zezinho. A presença de Astúlio engrandece o álbum.



Padre Zezinho SCJ-Cantigas de Pão e Vinho

História de trigo e uva
Pe. Zezinho, scj

Fui um fruto pequenino
Que a videira produziu
Fui um simples grão de trigo
Que cresceu mas ninguém viu

Quando enfim chegou o tempo
Que o Senhor predestinou
De pequeno grão de uva
Gota dele agora sou

De pequeno grão de trigo
Esmagado até ser pão
Transformei-me em corpo santo
De um amigo e de um irmão

Fui aquele vinho puro
Que no altar alguém deixou
Fui aquele pão pequeno
Que um irmão no forno assou
Quando enfim chegou o tempo
Que o amor predestinou
Eu que era vinho puro, gota dele agora sou

Eu que era tão somente e nada mais
Que simples pão
Sou agora alimento
Que produz libertação


Convite
Pe Zezinho, scj

Um destes dias se você quizer
Assim que amanhecer o dia do senhor
De porta em porta iremos caminhar
Saindo a convidar o santo e o pecador
De casa em casa iremos relembrar
Que é dia de louvar o pai da Criação
Enquanto o sino da matriz em frente
Irá chamando a gente paras a oração
E assim bem cedo ao clarear o dia
E nossa Eucaristia iremos celebrar

Sentar-nos-emos ao redor da messa
E quem tiver certeza passe a proclamar
Que aquele vinho e pão que partilhamos
Será corpo e sangue do senhor Jesus
E que a palavra santa que escutarmos
Vai nos inundar da mais perfeita luz
E ali na messa onde se senta o pobre
O remediado, o nobre, o leigo e o ermitão
Por uns momentos, um segundo ao menos
Nos igualaremos ao partir do pão

Um dia desses, todos, lado a lado
Reis e governados, vamos nos sentar
Naquela mesa como companheiros
Lá não há primeiro ou último lugar
Escultaremos cheios de humildade
As novas da verdade que Jesus pregou
E um dos presentes vai ser por à frente
P ra fazer do jeito que Jesus mandou
E assim fazendo igual Jesus fazia
Nossa Eucaristia vai nos envolver
E entenderemos mais de liberdade
Presos na verdade que do pão nascer

Se compreendemos a democracia dessa
Eucaristia que nos faz iguais
Que faz a gente se sentir primeiro e, às vezes
Derradeiro, por não vir em paz
Se assimilamos com serenidade a força
E a verdade desta refeição, tuido depende
Se de fato cremos ou na fé que temos
Esta é a questão!

Se alguém quizer que cante hozana ou vinde
Mas não erga brindes pra não perturbar
O companheiro que se encontra
Ao lado e agora, concentrado, encontra-se a rezar
Ninguém comungue se estiver errado
Ou com seu pecado ainda estiver de bem
Que não pertilhe quem jamais partilha, nem
Com a família, nem com quem não tem!

Não se alimente com o pão divino aquele
Que escraviza e mal devolve o pão
Pois nesta mesa santa quem redime e nunca
Quem oprime e agride o próprio irmão
Por isso mesmo, quem quizer saber
Da arte de viver venha partir o pão
Venha beber do vinho da justiça quem
A santa missa vem p ra ser irmão
E ali na messa, onde se senta o pobre
O remediado, o nobre e quem já for capaz
Por uns momentos, um segundo ao menos
Todos saberemos de onde vem a paz!


Cantigas de pão e vinho
Pe. Zezinho, scj

Cantigas de pão e vinho
Cantigas de vinho e de pão
Cantigas que o povo canta
Ao redor da mesa da Comunhão
Cantigas de Eucaristia
Cantigas de quem partilha
Cantigas de harmonia
Que fazem meu povo sentir-se família
Cantigas de harmonia
Que fazem meu povo sentir-se família

A cada lição deste pão
Partido por causa do povo
Aprendo a estender minha mão
E me vejo sonhando de novo
Com a justiça na terra
E com o Reino de Deus
Pois sei que este pão
Encerra a grande esperança
Do Reino dos Céus

Cantigas de pão e vinho
Cantigas de Eucaristia
Cantigas que o povo
Canta com alma de gente
Que tem alegria
Cantigas de unidade
Cantigas de quem partilha
Cantigas de caridade
Que tornam verdade o amor em família


Dá-me um pouco deste pão
Pe. Zezinho, scj

Dá-me um pouco deste pão e deste vinho
Tenho fome e tenho sede até demais
Eu não sei o quanto resta de caminho
Dá-me um pouco deste pão e deste vinho
A estrada é muito longa a subida me cansou
A jornada foi pesada, a viagem me esgotou
Eu não sei por quanto tempo sou capaz de prosseguir
Venho vindo caminhando desde o tempo de menino
Eu preciso de alimento, mas precisa ser divino
Preciso de alimento mas precisa ser divino



Pai Nosso
Pe. Zezinho, scj

Inspirados na palavra de Jesus
ousamos proclamar

Pai Nosso
Que estais no céu
Santificado seja o vosso nome
Venha a nós o vosso reino
Seja feita vossa vontade
Assim na terra como no céu
Seja feita vossa vontade
Assim na terra como no céu

O pão nosso de cada dia
Nos dai hoje e perdoai
Perdoai-nos as nossas ofensas
Perdoai-nos as nossas ofensas
Assim como nós perdoamos
A quem nos tiver ofendido
E não nos deixeis cair
Cair em tentação
Mas livrai-nos do mal
Livrai-nos do mal
Amém



Prece universal
Pe Zezinho, scj

Senhor, dai pão a quem tem fome
E fome de justiça a quem tem pão
Dai-me seguir a mesma estrada
Que termina onde todos são irmãos

Dai-nos fé, dai-nos amor
Dai-nos coragem de morrer
Para que os homens tenham
Medo de matar. Dai-nos fé, dai-nos
Amor, dai-nos um caminho para todos
Pois muitos já não sabem onde andar

Senhor, dai-nos paz que não é trégua
E voz que não reboa p ra ferir prudência
P ra falar primeiro, de nunca usar da foça
Mas de ouvir

Dai-nos fé, dai-nos amor.
Dai-nos coragem de sorrir
Para que os outros tenham medo de odiar
Dai-nos fé, dai-nos amor
Dai um caminho para todos pois muitos
Já não sabem mais amar



A festa
Pe Zezinho, scj

Você que nunca foi convidado e nem
Sequer chegou perto da mesa
Onde se sentam homens importantes
Ou gente que o dinheiro projetou

Você que não conhece as etiquetas
E certamente não acertaria com que
Colher ou garfo comeria; pode chegar
Que a festa começou!

Quem quiser que venha partilhar da festa
Temos pão e vinho p ra cidade inteira
Um gole e um pedacinho para todo mundo
A mesma quantidade para cada qual

E se por acaso não foi convidado a culpa
Não será de quem é fertejado, pois ele já
Falou que todo mundo pode, mandou que
Fosse aberta a porta principal

Tudo o que porém o festejado pede é que
Todo aquele que vier a festa traga
Por favor consigo, mais um coração amigo
Traga por favor consigo, mais um coração amigo


Esperar contra toda a esperança
Pe. Zezinho, scj

Esperar contra toda a esperança
Caminhar como quem tem certeza
Partilhar com carinho da mesa
Onde Deus vem nos alimentar

Confiar como simples criança
Que não sabe talvez a resposta
Mas aceita do Pai a proposta
É meu jeito de crer e de amar

Todos os dias na Eucaristia minha alma confia
Que acontece o milagre impossível
Deus me alimenta de paz e de luz
No corpo e no sangue do Cristo Jesus

Na tormenta saber que a bonança
Está perto e seguir confiante
E por mais que pareça distante
Perseguir o lugar que é só meu

Caminhar como quem não se cansa
Olhos fitos na meta escolhida
E apostar nesta meta uma vida
Eis a herança que o Mestre me deu


Tão sublime sacramento
Pe. Zezinho, scj

Com amor e com respeito
Adoremos neste altar
O mistério mais perfeito
Que se possa vislumbrar

Com Jesus nasce o modelo
Do que o homem pode ser
Se é difícil entendê-lo
Nossa fé nos leve a crer

À Santíssima Trindade
Tributemos o louvor
De quem sente a claridade
Que nos vem do seu amor

Seja, pois, o nosso hino
Um sinal de gratidão ao Senhor
Ao Senhor que é Uno e Trino
E nos deu tão grande dom
Amém


O milagre
Pe. Zezinho, scj

Se acaso não tens mais que cinco peixes
Se acaso não tens mais que cinco pães
Tens mais que o suficiente, reúne a tua gente
E com a paz em mente comece a repartir

Verás que ainda hoje Deus opera
Que o repartir do pão não é quimera
Feliz de quem reparte com amor
No corpo e no sangue do Senhor

Verás que, como outrora
Deus se entrega aos filhos
Que o seu amor congrega
Feliz de quem aceita partilhar
Feliz de quem aceita renunciar


Partilha
Pe. Zezinho, scj

Sei daquele que tem fome
Sei de quem jamais reparte
Sei de quem não participa
Mas eu vim p ra fazer parte
Desta mesa de família
Onde todos são irmãos
Onde todos somos filhos
Do Senhor neste vinho e neste pão

Por isso eu canto meu Senhor
Com alegria
As maravilhas desta santa Eucaristia

Sei daquele que não ama
Ou só pensa em seus direitos
Sei daquele quem reclama
E eu também não sou perfeito
Nesta mesa de família
Eu queria ser irmão
Nela eu sinto que sou filho do Senhor
Neste vinho e neste pão

Sei das dores desta vida
Sei também das alegrias
Sei quem é que convida
Nesta santa Eucaristia
A beber do mesmo vinho
A partir do mesmo pão
Na fraterna comunhão
De quem já tem
Um fraterno coração


Preciso compreender
Pe. Zezinho, scj

Se eu não partilhar
Em todos os momentos
Meus dons e meus talentos
E os bens que tu me dás
Jamais entenderei
E tua eucaristia
Milagre que extasia
E traz tão grande paz

Preciso compreeender, Senhor
Que neste pão Repartido
Que neste vinho bebido
Toda a verdade se encerra
Sobre a justiça na terra
Sobre o amor e a bondade
E sobre a fraternidade
Que tu vieste ensinar
Que tu vieste ensinar

Se eu não der de mim
Podendo me doar
Serei então culpado
Do vinho e do pão
Se acaso eu partilhar
Da Santa Eucaristia
A paz que ela irradia
Em mim não brilhará

No dia em que eu me for
A fim de te encontrar
Eu quero estar tranquilo
Do pão que eu dividi
E tu que és meu Senhor
Irás multiplicar
Meus dons e tudo aquilo
Que em vida eu reparti






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